Wednesday, November 25, 2009

Há-de flutuar uma cidade...

há-de flutuar uma cidade no crepúsculo da vida, pensava eu...
como seriam felizes as mulheres á beira-mar debruçadas para a luz caiada
remendando o pano das velas espiando o mar e a longitude do amor embarcado.


por vezes,
uma gaivota poisava nas águas, outras era o sol que cegava e um dardo de sangue alastrava pelo linho da noite dos dias lentissimos...sem ninguém.




e nunca me disseram o nome daquele oceano...Esperei sentada à porta...dantes escrevia cartas, punha-me a olhar a risca do mar ao fundo da rua assim envelheci...acreditanto que algum homem ao passar se espantasse com a minha solidão.



(anos mais tarde, recordo agora, cresceu-me uma perola no coração. mas estou só, muito só, não tenho a quem deixar.)



um dia houve
que nunca mais avistei cidades crespusculares e os barcos deixaram de fazer escala à minha porta, inclino-me de novo para o pano deste século recomeço a bordar ou a dormir,
tanto faz.
sempre tive duvidas que alguma vez me visite a felicidade.

AL BERTO

Friday, November 13, 2009

Viagens pela mão...


Foi um ano prolifero em viagens e em aventura, até agora.
Londres, a eterna Londres do Soho, Hyde Park, Covent Garden, Portobello Road, Notting Hill, Picadilly...
A Londres da musica, das tendencias, dos loucos e dos infindáveis Starbucks!

Não foi uma estreia. Essa aconteceu à precisamente dez anos. Tempo demais passou entretanto.
Escolhi ficar de novo perto de Gloucester Road. Desta vez em Earls Court, no Westbury Hotel, perto do Museu de História Natural, (de entrada grátis by the way!!) e de Hyde Park. Era o que de podia chamar, um hotel minimalista. E quando digo minimalista, digo que para além da cama, mais nada (ou ninguém) cabia no quarto, facto provado pela ginastica necessária realizar para o simples acto de..desfazer a mala. Teve de ser à vez...Compensava a localização, preço e a simpatia do pessoal.


Visitar Londres é uma maratona. Nunca há tempo de ver tudo, com a atenção devida. Fazem-se quilometros, apesar do Tube e do "mind the gap" da praxe, dito pelo maquinista da composição. Pena alguns já terem sido substituidos por grafonalas automáticas tipo vozinha de elevador. Not the same!!
Ir a Londres é quase como as saudosas idas à feira popular de Lisboa (..com as devidas diferenças!). Quando se viaja para Londres o sentimento de "Vamos par a festa, está lá..intrinsseco! E o circular pelas ruas e avenidas com gente de todo e em todo o lado, lembram como o mundo se tornou mais pequeno e acessivel, apesar de tudo. As avenidas apinhadas de lojas, compradores e movimento. A Londres Austin Powers, poche e às vezes um pouco "saloia", mostram o pulsar da cidade aos fins de semana.




Mas existe um outro lado, mais nobre e cerimonioso ou tivessemos nós em terras de Sua Majestade the Queen